quinta-feira, 12 de novembro de 2020

Turma 92 - História - Professora Suélen - semana 32

 

Ø  Leia o texto abaixo.

Ø  Copie e responda em seu caderno a seguinte questão:

A.   Durante o regime militar, várias formas de repressão foram usadas para calar as oposições. Quais eram os métodos usados pelos órgãos de segurança a serviço da ditadura militar?

 

Ø  Nessa atividade está a foto de uma página do livro de História de vocês, página 156. Leiam essa página e façam as duas atividades que estão nela.

Ø  Envie fotos das atividades realizadas em seu caderno para o whats da professora.

 

Resistência à ditadura civil militar no Brasil

 

Logo no início da ditadura (abril de 1964), houve grupos que se manifestaram contra o golpe militar de 1964. Entre esses, estão alguns militares, que apoiavam o presidente João Goulart, que se recusaram a cumprir ordens da Junta Militar (que governou o país até a posse do primeiro presidente militar, Castelo Branco). Esses militares, contrários à ditadura, foram afastados de seus cargos.

A União Nacional dos Estudantes (UNE) também se manifestou contrária ao golpe. O movimento estudantil sempre foi perseguido durante a ditadura militar. Em Porto Alegre, um jovem, Luiz Eurico Tejera Lisbôa e outros estudantes foram presos por querer reabrir o Grêmio Estudantil da Escola Estadual Júlio de Castilhos. Por ter feito uma manifestação e entregue um abaixo assinado ao diretor da escola, Luiz Eurico foi considerado “inimigo da pátria”, enquadrado na Lei de Segurança Nacional e preso. Após ser solto da prisão (DOPS-Departamento de Ordem Política e Social-junto a Delegacia de Polícia em Porto Alegre), Luiz e sua esposa, Suzana Lisbôa, ingressaram na resistência armada contra a ditadura.

Rubens Paiva, deputado federal por São Paulo, fez um apelo na Rádio Nacional em defesa da legalidade e contra o golpe militar. No dia 10 de abril de 1964, com o Ato Institucional número 1 (AI-1), a Junta Militar, que governava o país desde o golpe, cassou os mandatos de políticos contrários à forma de governo que se instalava no país. Entre estes, estava Rubens Paiva.

As manifestações contrárias à ditadura variam de intensidade durante os 21 anos que o Brasil viveu sob esse regime. O espírito de resistência cresceu a partir de 1966. Ele foi aumentando com o decorrer dos anos, à medida que o programa econômico da ditadura aumentava o empobrecimento dos trabalhadores e que o regime repressivo não dava espaço para as reivindicações populares. Assim, o sentimento de oposição alcançou novos setores até se tornar um amplo movimento de opinião e de militância pela volta da democracia.

As formas da resistência eram muitas e de variados tons ideológicos. Pessoas arrependidas por terem apoiado o golpe, movimento estudantil, Movimento Negro Unificado, sindicatos de trabalhadores, militares nacionalistas, políticos, jovens da esquerda que queriam derrubar o regime pelas armas, jornalistas, membros da Igreja Católica, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), enfim, inúmeros grupos diferentes entre si.  





> Link para acessar o relato de Suzana Lisbôa, esposa de Luiz Eurico Tejera Lisbôa quando ele desapareceu. Suzana Lisboa nasceu em 1951. Ela militou no movimento estudantil com Luiz Eurico Lisbôa, com quem casou em março de 1969. Luiz foi preso e enquadrado na Lei de Segurança Nacional. Com o aumento da repressão, entraram para a clandestinidade. Ele foi torturado e morto em 1972, sendo enterrado como indigente. Os primeiros restos mortais de vítimas da ditadura localizados e identificados são dele. O episódio ocorreu em 1979, no cemitério de Perus, em São Paulo, a partir do empenho de Suzana. Ela participou durante dez anos da Comissão de Mortos e Desaparecidos Políticos. Ainda hoje, Suzana é ativa na defesa dos direitos humanos. https://www.youtube.com/watch?v=9KscXJg5uEk


Abaixo estão duas fotos que fizeram parte de uma exposição sobre os mortos e desaparecidos políticos da ditadura. A pessoa ausente na segunda foto é Luiz Eurico.






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