segunda-feira, 26 de outubro de 2020

Turma 81, Língua Portuguesa, Professora Rosenara

 


 

ATIVIDADE  DE LÍNGUA PORTUGUESA

PROFESSORA ROSENARA

26/10/20 até 29/10/20

NOME:_______________________________________TURMA:__

 

COPIAR E RESPONDER NO SEU CADERNO.

As estrelas

 Numa das noites daquele mês de abril estava Dona Benta na sua cadeira de balanço, lá na varanda, com olhos no céu cheio de estrelas. A criançada também se reunira ali.

Súbito, Narizinho, que estava em outro degrau da escada fazendo tricô, deu um berro.

- Vovó, Emília está botando a língua para mim!

Mas Dona Benta não ouviu. Não tirava os olhos das estrelas. Estranhando aquilo, os meninos foram se aproximando. E ficaram também a olhar para o céu, em procura do que estava prendendo a atenção da boa velha.

 - Que é vovó, que a senhora está vendo lá em cima? Eu não estou enxergando nada. - disse Pedrinho.

Dona Benta não pôde deixar de rir-se. Pôs nele os óculos e puxou-o para o seu colo e falou:

- Não está vendo nada, meu filho? Então olha para o céu estrelado e não vê nada?

- Só vejo estrelinhas. - murmurou o menino.

- E acha pouco, meu filho?

LOBATO, Monteiro. As estrelas. In: _ Viagem ao Céu. 19 ed. São Paulo: Brasiliense, 1971.

            QUESTÕES:

1)    O que distraiu Dona Benta, a ponto de não perceber a criançada na sua volta?

 

2)    Quando Pedrinho disse que não enxergava nada, o que fez Dona Benta?

 

3)    Para o menino o que a vovó via era pouco. Por que Dona Benta não tinha a mesma opinião?

 

4)    Por que é importante valorizar a simplicidade das coisas,  da natureza, do sitema solar?

 

VOCATIVO

Observe a frase:

“Não está vendo nada, meu filho?”

A expressão em destaque é um VOCATIVO.

Vocativo é um termo que não possui relação sintática com outro termo da oração.

 

Não pertence, portanto, nem ao sujeito nem ao predicado. É o termo que serve para chamar, invocar ou interpelar um ouvinte real ou hipotético.

 

Por seu caráter, geralmente se relaciona à segunda pessoa do discurso.

 

 Veja os exemplos:

Vovó, Emília está botando a língua para mim!”

Emília, pare de botar a língua para Narizinho!

Veja que lindas as estrelas, Pedrinho!

Não fale tão alto, Rita!

 

Vocativo e vírgula

 

Separar o vocativo dos demais termos da frase com vírgula é obrigatório, pois não seguir essa regra pode alterar completamente o sentido proposto.

 

Vejamos exemplos de aplicação de vírgula atrelada ao vocativo:

 

a) Fernanda me contou uma história pessoal.

 

b)  Fernanda me contou uma história, pessoal.

 

Na frase “a”, a ausência de vírgula indica que o sujeito (Fernanda) contou uma história íntima, quando, na verdade, “pessoal” se refere às pessoas a quem a palavra se dirige.

Confira mais exemplos de como a ausência da vírgula do vocativo interfere no sentido da frase:

 

c) Ouça Maria.

 

d) Ouça, Maria!

 

Aqui o objetivo é pedir que Maria ouça, porém, sem a vírgula, entende-se que é ela quem deve ser ouvida.

 

 

e)    Você viu a boneca Luísa?

f)     Você viu a boneca, Luísa?

 

Nesse caso, pretende-se perguntar à Luísa se ela viu a boneca, mas, sem a vírgula, infere-se que está sendo perguntado se o interlocutor viu a boneca chamada Luísa.

 

 

 

 

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