quinta-feira, 22 de outubro de 2020

Turma 82 Língua Portuguesa Prof° Lucienne Flores Gross ( 26/10 à 30/10)

 Atividades Domiciliares  n° 30  Língua Portuguesa  Prof° Lucienne Flores Gross

Período de: 26/10 à 30/10

Instruções: Leia a lenda "Uriri e Bertolina", Contos populares do Tocantins, e responda as questões!

OBS: Após copiar e responder a atividade, tirar foto e mandar para o meu Whats 

(privado) para avaliação!

Nome:                                Turma:                 Data:


Lenda: Uriri e Bertolina

      Uriri e Bertolina tocam roça no assentamento e têm quatro filhos. Um é moço e se chama Virgulino, respondendo pelo apelido de “cabeça de burro”; a filha está buchuda, fazendo pouco que casou na “igreja verde”; o terceiro filho, abestado de tanto tomar mé, é Raimundo, conhecido por “rola pé”; e outro filho é “Zé do Balcão”.
        Uriri precisou ir à rua, mode que tava com baticum e curuba. Na rua, precisou ver a dotora e também fazer o rancho, antes que ficasse turvo, pois no dia seguinte tinha juquira da grossa.
        Antes de sair, Uriri disse para a patroa:
        – Ma homi! Prepara o quebra-jejum, mode tô avexado.
     De quebra-jejum, Uriri comeu pixicado, frito, modubim, mangolão, chambari, pegado, arroz de leite, simbereba, passa raiva, jerimum e aipim. Muito avexado, azuado, aperreado e seboso, Uriri pegou o gongo gomado pela patroa, a lembreta, um pouco de tapioca e a jóia, colocou tudo numa boroca e num banzo e partiu rumo à rua.
        Uriri andou curiando tudo na estrada e no meio do caminho viu uma cunhã numa tibuzana, trabalhando com o tapiti no rancho. Ao chegar perto, a cunhã disse:
        – Encosta aqui e venha pegar o rango enquanto eu vou ali jogar no mato a massa do aipim. Uriri, que já tinha comido muito em casa, agradeceu a cunhã e continuou a viagem, tomando mé pelo caminho. Quando chegou na rua, estava num banzo danado e foi parar no campo santo à procura da dotora. Lá verteu água à vontade. Sem conseguir sair dali, Uriri dormiu como estava.
        No outro dia, ao perceber que estava no campo santo, saiu aperreado rumo ao armazém para fazer o rancho, depois foi à clínica ver a dotora e por fim foi ao rancho de seu irmão.
        Ao chegar no rancho, uma vizinha contou que seu irmão tinha batido as botas e que a sentinela fora na semana anterior e que aquele dia já era o dia de visita ao campo santo.
        Uriri saiu meio abestado do rancho, mas não quis ir ver seu irmão, já que tinha passado a noite bem perto dele, deu-se por satisfeito.
        Voltando à rua, Uriri tratou de comprar o que faltava: a farda para o “cabeça de burro” ir para a escola. Ao chegar em casa, sua patroa Bertolina, muito aperreada, disse:
        – Corno! Por que demorou? Nossa filha pariu, e a cria está com mal de sete dias.
        Uriri, aperreado, quis tirar o paninho para conferir se era fêmea ou macho, sem dar ouvido à patroa.
        Bertolina, muito macha, disse para Uriri deixar de saliência e voltar correndo para a rua:
        – Ande, homi! Num tá vendo que a cria carece da dotora. Vá, caminhe pra rua de novo e traga a dotora pra espiá essa criatura. Eta, homi mole.


                                   (Conto popular de Tocantins. Palmas, 2001.).



Entendendo a lenda:

01 – Por que o título é Uriri e Bertolina? O isso significa?
      

02 – Quais são os personagens do texto?
      

03 – Onde passa esta história?
      

04 – Consulte o dicionário e de o significado das palavras abaixo:

- Baticum: 
- Curuba: 
- Juquira da grossa: 
- Tibuzana: 
- Banzo: 
- Lambreta: 
- Mal de sete dias: 

05 – O que o Uriri comeu no café da manhã? De seu significado.

- Pixicado = 
- frito = 
- Modubim =
- Mangolão = 
- Chambari = 
- Pegado = 
- Arroz de leite = 
- Simbereba = 
- Passa raiva = 
- Jerimum = 
- Aipim = 

06 – Quando ele foi visitar o irmão, o que tinha acontecido?





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