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Na
época do descobrimento do Brasil, a região onde hoje é o estado do Rio Grande
do Sul era habitada por outros povos. Esses povos viveram muito tempo aqui sem
ter contato com os colonizadores europeus, sendo assim, tem uma história
independente da colonização. O nome índio era utilizado pelos colonizadores
para se referirem aos povos nativos da América. Atualmente, esses povos
referem-se a si mesmo como indígenas.
As
disputas entre Portugal e Espanha sobre os limites de suas possessões na
América fizeram com que a região só fosse ocupada pelos colonizadores no século
XVII (17). Os padres jesuítas espanhóis foram os primeiros a se estabelecer no
local.
Alguns dos costumes mais tradicionais dos gaúchos como o churrasco e tomar chimarrão são heranças indígenas. Foi através do contato entre indígenas, europeus e africanos e da mistura de costumes entre esses povos que surge a cultura gaúcha. Além disso, nossa língua e hábitos alimentares também foram influenciados pelos indígenas. Por isso, o conhecimento sobre os indígenas se torna fundamental para a compreensão da história do Brasil e do nosso estado.
Alguns dos costumes mais tradicionais dos gaúchos como o churrasco e tomar chimarrão são heranças indígenas. Foi através do contato entre indígenas, europeus e africanos e da mistura de costumes entre esses povos que surge a cultura gaúcha. Além disso, nossa língua e hábitos alimentares também foram influenciados pelos indígenas. Por isso, o conhecimento sobre os indígenas se torna fundamental para a compreensão da história do Brasil e do nosso estado.
Os
indígenas que viviam nas terras onde hoje é o Rio Grande do Sul, antes da
chegada dos europeus, pertenciam à três grupos: os Guarani, Jê e os Pampeanos.
Os guaranis ocupavam o litoral, a parte central até a fronteira com a
Argentina, os Jê habitavam parte norte junto a Santa Catarina, e os Pampeanos
se localizavam ao sul, próximo à fronteira com o Uruguai.
Guaranis
Os Guaranis também conhecidos como Tapes, Arachane e Carijó, eram o grupo indígena mais numeroso da região. Habitavam principalmente os vales do rios e nas margens das lagoas, onde a caça e a pesca eram mais abundantes. Os guaranis coletavam diversos tipos de moluscos, frutos e raízes, e cultivavam principalmente milho e aipim, mas também plantaram feijão, abóbora, batata, algodão e fumo. Suas moradias tinham estruturas de madeiras cobertas com fibras vegetais, em geral de base circular. Essas habitações denominadas de ocas eram habitadas por diversas famílias com grau de parentesco entre si. Uma aldeia era formada geralmente por 3 a 6 ocas. Os guaranis foram os grupos que formariam mais tarde os povos missioneiros catequizados pelos jesuítas espanhóis.
Os Guaranis também conhecidos como Tapes, Arachane e Carijó, eram o grupo indígena mais numeroso da região. Habitavam principalmente os vales do rios e nas margens das lagoas, onde a caça e a pesca eram mais abundantes. Os guaranis coletavam diversos tipos de moluscos, frutos e raízes, e cultivavam principalmente milho e aipim, mas também plantaram feijão, abóbora, batata, algodão e fumo. Suas moradias tinham estruturas de madeiras cobertas com fibras vegetais, em geral de base circular. Essas habitações denominadas de ocas eram habitadas por diversas famílias com grau de parentesco entre si. Uma aldeia era formada geralmente por 3 a 6 ocas. Os guaranis foram os grupos que formariam mais tarde os povos missioneiros catequizados pelos jesuítas espanhóis.
Os homens
caçavam e guerreavam. A caça era dividida entre os caçadores. Enquanto caçavam,
o pajé ficava em transe para protegê-los. Também pescavam, com anzol de osso e
lanças. Suas armas eram arco e flecha, lança, tacape, entre outras. As mulheres
cuidavam da agricultura, da coleta de frutos e do cultivo da erva mate para o
chimarrão. Além disso, elas fabricavam cestos e utensílios de cerâmica. Em caso
de mudança, os homens só carregavam as armas, para defender o grupo, e as
mulheres carregavam os utensílios e levavam os filhos.
Os
guaranis eram habilidosos com a cerâmica. Produziam vasos de cerâmica para guardar
alimentos, água, grãos, etc, e também para enterrar seus mortos.
A tribo
era dirigida por um conselho tribal composto pelo morubixaba, pelo taxauá e
pelo pajé. O morubixaba era o chefe da aldeia, geralmente com mais de 60 anos e
por isso respeitado por todos pela experiência de vida; podia ter mais de uma
mulher. O taxauá era um chefe temporário para momentos de guerra ou caça. O
pajé, ou xamã, desenvolvia atividades de magia na aldeia, sendo médico, juiz e
mestre de rituais religiosos.
Pampeanos
Os Pampeanos, grupo formado principalmente por charruas e minuanos, eram o grupo indígena menos numeroso do Rio Grande do Sul. Eles ocupavam o sul e o sudeste do estado. Viviam principalmente nos campos numa área com bastante água, pois nelas havia abundância de recursos para a caça e a pesca. Diferentes dos Guaranis e dos Jês, os Pampeanos não praticavam a agricultura.
Os Pampeanos, grupo formado principalmente por charruas e minuanos, eram o grupo indígena menos numeroso do Rio Grande do Sul. Eles ocupavam o sul e o sudeste do estado. Viviam principalmente nos campos numa área com bastante água, pois nelas havia abundância de recursos para a caça e a pesca. Diferentes dos Guaranis e dos Jês, os Pampeanos não praticavam a agricultura.
Viviam da
caça, da pesca e da coleta de frutos. Eram nômades. Os cavalos eram utilizados
como meio de transporte e para auxiliar nas caçadas. Os homens eram
encarregados da caça. Caçavam emas, capivaras, veados e antas. Para as caças,
criaram a boleadeira, instrumento feito com pedras e cordas, utilizados para
derrubar os animais.
No início
moravam em toldos de junco e, mais tarde, com a utilização do gado, passaram a
cobrir os toldos com couro. Em caso de mudança, a mulher era quem desmontava,
carregava e montava os toldos. Viviam em reunião de famílias. Os minuanos, que
habitavam as regiões das Lagoas Mirim e Mangueira, armavam a toldaria em cima
de pequenas elevações denominadas "cerritos”, que os abrigavam das
enchentes, comuns nessas regiões, e que eram constituídos basicamente de terra,
restos de caças, peixes e conchas.
Com a
ocupação de suas terras por portugueses e por espanhóis, os Pampeanos foram
obrigados a ir cada vez mais para o interior. A escassez de recursos
provocou a fome, e a situação deles se agravou com epidemias e guerras. Muitos foram
mortos e outros foram trabalhar nas fazendas dos colonizadores europeus,
transmitindo e aprendendo hábitos culturais, como por exemplo, o hábito de
assar a carne em espetos de madeira e técnicas para domar os cavalos selvagens.
Jês
Os indígenas do grupo Jê ocupavam a região do planalto norte-rio-grandense no norte e no nordeste do estado. Os kaingang, que constituem a maior parte dos indígenas que vivem hoje no Rio Grande do Sul, pertence a esse grupo. Os Jês viviam da caça dos animais como a capivara, porco-do-mato, da pesca e da coleta de produtos como o pinhão e o mel. Muitos também praticavam agricultura e plantavam principalmente o milho. Para se proteger do frio, moravam em casas subterrâneas. Eles cavavam buracos no chão, que tinham em média dois metros de profundidade e protegiam esses buracos com um telhado feito de galhos de árvores cobertos por ramos de palmeiras.
Os indígenas do grupo Jê ocupavam a região do planalto norte-rio-grandense no norte e no nordeste do estado. Os kaingang, que constituem a maior parte dos indígenas que vivem hoje no Rio Grande do Sul, pertence a esse grupo. Os Jês viviam da caça dos animais como a capivara, porco-do-mato, da pesca e da coleta de produtos como o pinhão e o mel. Muitos também praticavam agricultura e plantavam principalmente o milho. Para se proteger do frio, moravam em casas subterrâneas. Eles cavavam buracos no chão, que tinham em média dois metros de profundidade e protegiam esses buracos com um telhado feito de galhos de árvores cobertos por ramos de palmeiras.
Atividades
1. Como era a alimentação dos guaranis,
dos pampeanos e dos jês?
2. Por que os colonizadores portugueses
chamaram os povos que encontraram no Brasil e na América de índios?
3. Todos os povos indígenas são iguais?
Explique.
4. Os indígenas faziam divisão das
tarefas entre homens e mulheres? Explique.
5. Qual dos povos indígenas mencionados
no texto não praticava a agricultura?
6. Quais hábitos conhecidos hoje da
cultura gaúcha são heranças dos povos indígenas? Explique. Caso saiba sobre
mais costumes que não são mencionados no texto escreva sobre eles também.
7. Os indígenas antigos no Brasil não
deixaram registros escritos. Que outros tipos de fontes históricas podemos
utilizar para conhecer sobre sua história?
8. Por que você acha que é importante
conhecer a história dos povos indígenas? Escreva um parágrafo explicando seu
ponto de vista.
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