segunda-feira, 4 de maio de 2020

Turma 92 - Geografia - Prof. Evandro - 04/05 - 08/05

Nome:                                                        Turma: 92                            Data: 04/05 – 08/05


1º Momento: Fazer a leitura do texto. Faça também a leitura do texto da aula anterior.


FASES DO CAPITALISMO
O Capitalismo Comercial
Essa etapa do capitalismo estendeu-se desde fins do século XV até o século XVIII. Foi marcada pela expansão marítima das potências da Europa Ocidental na época (Portugal e Espanha).
O grande acúmulo de capitais se dava na esfera da circulação, ou seja, por meio do comércio, daí o termo capitalismo comercial para designar o período. A economia funcionava segundo a doutrina mercantilista, que, em sentido amplo, pregava a intervenção governamental na economia, a fim de promover a prosperidade nacional e aumentar o poder do Estado. Nesse sentido, defendia a necessidade de riquezas no interior dos Estados, e a riqueza e o poder de um país eram medidos pela quantidade de metais preciosos (ouro e prata) que possuíam. Esse princípio ficou conhecido como metalismo.
Outro meio de acumular riquezas era manter uma balança comercial sempre favorável, daí o esforço para exportar mais do que importar, garantindo saldos comerciais positivos.
O mercantilismo foi fundamental para o desenvolvimento do capitalismo, pois permitiu, como resultado de um comércio altamente lucrativo, das explorações das colônias e da pirataria, grande acúmulo de capitais nas mãos da burguesia europeia. Karl Marx designou essa fase como a da acumulação primitiva do capital.

O Capitalismo Industrial
O capitalismo industrial foi marcado por grandes transformações econômicas, sociais, políticas e culturais. As maiores mudanças resultam do que se convencionou chamar Revolução Industrial (estamos nos referindo aqui à Primeira Revolução Industrial, ocorrida no Reino Unido na segunda metade do século XVIII). Um de seus aspectos mais importantes foi a enorme potencialização da capacidade de transformação da natureza, por meio da utilização cada vez mais disseminada de máquinas movidas a vapor, tornando acessível aos consumidores uma quantidade cada vez maior de produtos, o que multiplicava os lucros dos produtores.
O comércio não era mais a essência do sistema. O lucro – objetivo dessa nova fase do capitalismo – advinha fundamentalmente da produção de mercadorias.
A toda jornada de trabalho corresponde uma remuneração, que permitirá a subsistência do trabalhador. No entanto, o trabalhador produz um valor maior do que aquele que recebe na forma de salário, e essa fatia de trabalho não-pago é apropriada pelos donos das fábricas, das fazendas, das minas, etc. Dessa forma, todo produto ou serviço vendido traz embutido esse valor não transferido ao trabalhador, permitindo o acúmulo de lucro pelos capitalistas.
Se no mercantilismo (fase comercial), o Estado absolutista era favorável aos interesses da burguesia comercial, no tocante a atuação da nova burguesia industrial, ou capitalista, era um empecilho. Ele não deveria intervir na economia, que funcionaria segundo a lógica do mercado, guiada pela livre concorrência. Consolidava-se, assim, uma nova doutrina econômica: o liberalismo.
Dentro das fábricas, mudanças importantes estavam acontecendo: a produtividade e a capacidade de produção aumentavam velozmente; aprofundava-se a divisão de trabalho e crescia a produção em série. Nessa época, segunda metade do século XIX, estava ocorrendo o que se convencionou chamar de Segunda Revolução Industrial. Uma das características mais importantes desse período foi a introdução de novas tecnologias e novas fontes de energia no processo produtivo.
Com o brutal aumento da produção, pois a industrialização expandia-se para outros países, acirrou-se cada vez mais a concorrência. Era cada vez maior a necessidade de garantirem novos mercados consumidores, novas fontes de matérias-primas e novas áreas para investimentos lucrativos. Foi dentro desse quadro que ocorreu a expansão imperialista na Ásia e na África.
A partilha imperialista das potências industriais consolidou a divisão internacional do trabalho, pela qual as colônias se especializavam em fornecer matérias-primas baratas para os países que então se industrializavam. Tal divisão, delineada no capitalismo comercial, consolidou-se na fase do capitalismo industrial. Assim, estruturou-se nas colônias uma economia complementar e subordinada à das potências imperialistas.
A Alemanha, por ter se unificado tardiamente (1871), perdeu a fase mais importante da corrida imperialista e sentiu-se lesada, especialmente frente ao Reino Unido e à França. Além disso, como a sua indústria crescia em ritmo mais rápido que a dos demais países, também se ressentia mais da falta de mercados consumidores. O choque de interesses internos e externos entre as potências imperialistas europeias acabou levando o mundo à Primeira Guerra Mundial (1914-1918).

INDUSTRIALIZAÇÃO E COLONIZAÇÃO DO MUNDO (SÉCULO XIX E XX).


O Capitalismo Financeiro

Uma das consequências mais importantes do crescimento acelerado da economia capitalista foi o brutal processo de concentração e centralização de capitais. Várias empresas surgiram e cresceram rapidamente: indústrias, bancos, corretoras de valores, casas comerciais, etc. A acirrada concorrência favoreceu as grandes empresas, levando a fusões e incorporações que resultaram, a partir de fins do século XIX, na monopolização ou oligopolizada de muitos setores da economia.
O liberalismo restringe-se cada vez mais ao plano da ideologia, pois o mercado passa a ser oligopolizado, dominado por grandes corporações, substituindo a livre concorrência e o livre mercado. O Estado, por sua vez, passa a intervir na economia, seja como agente produtor ou empresário. Essa atuação do Estado na economia intensificou-se após a crise de 1929, que viria a sepultar definitivamente o liberalismo clássico.
A crise de 1929 deveu-se ao excesso de produção industrial e agrícola, pois os baixos salários pagos na época impediam a expansão do mercado de consumo interno; à recuperação da indústria europeia, que passou a importar menos dos Estados Unidos; e à exagerada especulação com ações na bolsa de valores.
Colocando em prática em 1933, pelo então presidente Franklin Roosevelt, o New Deal (“novo acordo”) foi um clássico exemplo de intervenção do Estado na economia. Baseado em um audacioso plano de obras públicas, com o objetivo principal de acabar com o desemprego, o New Deal foi fundamental para a recuperação da economia norte-americana.
Essa política de intervenção estatal numa economia oligopolizada, que acaba favorecendo o grande capital, ficou conhecida como Keynesianismo, por ter sido o economista inglês John Maynard Keynes seu principal teórico e defensor.

2º momento: Fazer as atividades e entregar no retorno das aulas.

Atividades
1) Explique a expressão “doutrina mercantilista”.

2) Marque a alternativa correta
No plano político, deu-se o declínio do poder feudal e a centralização do poder nas mãos dos reis, surgindo às monarquias absolutistas com caráter nacional, que por sua vez deram origem às nações e aos Estados centralizados a partir do século XV. Estamos referindo-nos ao:
a) Capitalismo comercial.
b) Capitalismo industrial.
c) Capitalismo financeiro.
d) Capitalismo informacional.

3) Diferencie as fases do capitalismo industrial:
a) Revolução industrial

b) Segunda Revolução Industrial.

 4) Marque a alternativa correta
A partir do final do século XIX, período conhecido como Segunda Revolução Industrial e Tecnológica, a fase da livre-concorrência ficava para trás e o capitalismo tornava-se cada vez menos competitivo e mais monopolista. Podemos nos referir a essa fase como:
a) Capitalismo mercantilista.
b) Capitalismo comercial.
c) Capitalismo liberal.
d) Capitalismo financeiro.

5) O que significa divisão internacional do trabalho(D.I.T)?

6) Como foi estruturada a divisão internacional do trabalho (D.I.T) no capitalismo industrial?

7) O que caracterizou o capitalismo financeiro?

8) Construa uma linha do tempo sobre as principais fases do capitalismo, conforme o texto.




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