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Turma: 92 Data: 04/05 –
08/05
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1º Momento: Fazer a
leitura do texto. Faça também a leitura do texto da aula anterior.
FASES DO CAPITALISMO
O Capitalismo Comercial
Essa etapa do
capitalismo estendeu-se desde fins do século XV até o século XVIII. Foi marcada
pela expansão marítima das potências da Europa Ocidental na época (Portugal e
Espanha).
O grande acúmulo
de capitais se dava na esfera da circulação, ou seja, por meio do comércio, daí
o termo capitalismo comercial para designar o período. A economia funcionava
segundo a doutrina mercantilista, que, em sentido amplo, pregava a intervenção
governamental na economia, a fim de promover a prosperidade nacional e aumentar
o poder do Estado. Nesse sentido, defendia a necessidade de riquezas no
interior dos Estados, e a riqueza e o poder de um país eram medidos pela
quantidade de metais preciosos (ouro e prata) que possuíam. Esse princípio
ficou conhecido como metalismo.
Outro meio de
acumular riquezas era manter uma balança comercial sempre favorável, daí o
esforço para exportar mais do que importar, garantindo saldos comerciais
positivos.
O mercantilismo
foi fundamental para o desenvolvimento do capitalismo, pois permitiu, como
resultado de um comércio altamente lucrativo, das explorações das colônias e da
pirataria, grande acúmulo de capitais nas mãos da burguesia europeia. Karl Marx
designou essa fase como a da acumulação primitiva do capital.
O Capitalismo Industrial
O capitalismo
industrial foi marcado por grandes transformações econômicas, sociais,
políticas e culturais. As maiores mudanças resultam do que se convencionou
chamar Revolução Industrial (estamos nos referindo aqui à Primeira
Revolução Industrial, ocorrida no Reino Unido na segunda metade do século
XVIII). Um de seus aspectos mais importantes foi a enorme potencialização da
capacidade de transformação da natureza, por meio da utilização cada vez mais
disseminada de máquinas movidas a vapor, tornando acessível aos consumidores
uma quantidade cada vez maior de produtos, o que multiplicava os lucros dos
produtores.
O comércio não
era mais a essência do sistema. O lucro – objetivo dessa nova fase do
capitalismo – advinha fundamentalmente da produção de mercadorias.
A toda jornada
de trabalho corresponde uma remuneração, que permitirá a subsistência do
trabalhador. No entanto, o trabalhador produz um valor maior do que aquele que
recebe na forma de salário, e essa fatia de trabalho não-pago é apropriada
pelos donos das fábricas, das fazendas, das minas, etc. Dessa forma, todo
produto ou serviço vendido traz embutido esse valor não transferido ao
trabalhador, permitindo o acúmulo de lucro pelos capitalistas.
Se no
mercantilismo (fase comercial), o Estado absolutista era favorável aos
interesses da burguesia comercial, no tocante a atuação da nova burguesia
industrial, ou capitalista, era um empecilho. Ele não deveria intervir na
economia, que funcionaria segundo a lógica do mercado, guiada pela livre
concorrência. Consolidava-se, assim, uma nova doutrina econômica: o
liberalismo.
Dentro das
fábricas, mudanças importantes estavam acontecendo: a produtividade e a
capacidade de produção aumentavam velozmente; aprofundava-se a divisão de
trabalho e crescia a produção em série. Nessa época, segunda metade do século
XIX, estava ocorrendo o que se convencionou chamar de Segunda Revolução
Industrial. Uma das características mais importantes desse período foi a
introdução de novas tecnologias e novas fontes de energia no processo
produtivo.
Com o brutal
aumento da produção, pois a industrialização expandia-se para outros países,
acirrou-se cada vez mais a concorrência. Era cada vez maior a necessidade de
garantirem novos mercados consumidores, novas fontes de matérias-primas e novas
áreas para investimentos lucrativos. Foi dentro desse quadro que ocorreu a expansão
imperialista na Ásia e na África.
A partilha
imperialista das potências industriais consolidou a divisão internacional do
trabalho, pela qual as colônias se especializavam em fornecer
matérias-primas baratas para os países que então se industrializavam. Tal
divisão, delineada no capitalismo comercial, consolidou-se na fase do
capitalismo industrial. Assim, estruturou-se nas colônias uma economia
complementar e subordinada à das potências imperialistas.
A Alemanha, por
ter se unificado tardiamente (1871), perdeu a fase mais importante da corrida
imperialista e sentiu-se lesada, especialmente frente ao Reino Unido e à
França. Além disso, como a sua indústria crescia em ritmo mais rápido que a dos
demais países, também se ressentia mais da falta de mercados consumidores. O
choque de interesses internos e externos entre as potências imperialistas
europeias acabou levando o mundo à Primeira Guerra Mundial (1914-1918).
INDUSTRIALIZAÇÃO
E COLONIZAÇÃO DO MUNDO (SÉCULO XIX E XX).
O Capitalismo Financeiro
Uma das consequências mais importantes do crescimento
acelerado da economia capitalista foi o brutal processo de concentração e
centralização de capitais. Várias empresas surgiram e cresceram rapidamente:
indústrias, bancos, corretoras de valores, casas comerciais, etc. A acirrada
concorrência favoreceu as grandes empresas, levando a fusões e incorporações
que resultaram, a partir de fins do século XIX, na monopolização ou oligopolizada
de muitos setores da economia.
O liberalismo restringe-se cada vez mais ao plano da
ideologia, pois o mercado passa a ser oligopolizado, dominado por grandes
corporações, substituindo a livre concorrência e o livre mercado. O Estado, por
sua vez, passa a intervir na economia, seja como agente produtor ou empresário.
Essa atuação do Estado na economia intensificou-se após a crise de 1929, que
viria a sepultar definitivamente o liberalismo clássico.
A crise de 1929 deveu-se ao excesso de produção
industrial e agrícola, pois os baixos salários pagos na época impediam a
expansão do mercado de consumo interno; à recuperação da indústria europeia,
que passou a importar menos dos Estados Unidos; e à exagerada especulação com
ações na bolsa de valores.
Colocando em prática em 1933, pelo então presidente
Franklin Roosevelt, o New Deal (“novo acordo”) foi um clássico exemplo de
intervenção do Estado na economia. Baseado em um audacioso plano de obras
públicas, com o objetivo principal de acabar com o desemprego, o New Deal foi
fundamental para a recuperação da economia norte-americana.
Essa
política de intervenção estatal numa economia oligopolizada, que acaba
favorecendo o grande capital, ficou conhecida como Keynesianismo, por
ter sido o economista inglês John Maynard Keynes seu principal teórico e
defensor.
2º
momento: Fazer as atividades e entregar no retorno das aulas.
Atividades
1)
Explique a expressão “doutrina mercantilista”.
2)
Marque a alternativa correta
No
plano político, deu-se o declínio do poder feudal e a centralização do poder
nas mãos dos reis, surgindo às monarquias absolutistas com caráter nacional,
que por sua vez deram origem às nações e aos Estados centralizados a partir do
século XV. Estamos referindo-nos ao:
a) Capitalismo comercial.
b) Capitalismo industrial.
c) Capitalismo financeiro.
d) Capitalismo informacional.
3) Diferencie as fases do capitalismo
industrial:
a) Revolução industrial
b) Segunda Revolução Industrial.
4)
Marque a alternativa correta
A
partir do final do século XIX, período conhecido como Segunda Revolução
Industrial e Tecnológica, a fase da livre-concorrência ficava para trás e o
capitalismo tornava-se cada vez menos competitivo e mais monopolista. Podemos
nos referir a essa fase como:
a) Capitalismo mercantilista.
b) Capitalismo comercial.
c) Capitalismo liberal.
d) Capitalismo financeiro.
5) O que significa divisão
internacional do trabalho(D.I.T)?
6) Como foi estruturada a divisão
internacional do trabalho (D.I.T) no capitalismo industrial?
7) O que caracterizou o capitalismo
financeiro?
8) Construa uma linha do tempo sobre as
principais fases do capitalismo, conforme o texto.
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